terça-feira, 29 de junho de 2010

AA e NA pela internet

Algumas pessoas indagam: Qual é o melhor AA ou NA? eu respondo que os dois são excelentes. Quando o problema é só com o  uso de bebidas alcoólicas, evidente que Alcoólicos Anônimos é o recomendado. Quando o alcoólico é "cruzado", isto é, faz uso do álcool com adição de outro tipo de químico, o AA, ainda, no meu entendimento, é o recomendável. Contudo, nada obsta que o Alcoólico cruzado frequente o Narcóticos Anônimos. Quando o problema não envolve bebidas alcólicas, o Narcótico Anônimos é o recomendado.  
As duas irmandades existem em todo mundo e, em qualquer lugar suas portas estarão abertas para quem precisa de ajuda.  
Hoje, entretanto, atendendo a uma indagação feita por um adicto "cruzado", que não se sente seguro em sair de casa sozinho, devido sua instabilidade, informo que através da internet existem diversos grupos de AA e NA, ALANON e NARANON, com reuniões online, seja via e-mail, salas de bate-papo (chat), todas  focadas no tema especifico, ou salas de audio e video. A opção escolha depende de cada um. Cito, no momento informação que tenho sobre Alcoólicos Anônimos do Brasil, conforme dados transcritos abaixo:
"Que tal trocarmos experiências em tempo real?
Conheçam nossas Salas!
O endereço da Sala de Texto é:


Se tiver dificuldade para acessar a sala, acesse o tutorial através do link http://www.aabr-online.com.br/index.php/Informacao/sala-de-chat-texto.html e leia as orientações. Em seguida, é só clicar no botão vermelho "Entrar na sala de chat texto" e esperar a sala carregar.

O endereço da Sala de Voz é:

Deverá ser baixado o programa e na página existe um tutorial que facilitará o acesso à Sala de Voz.
As Reuniões acontecem às 22:00 horas(horário de Brasília). Durante o dia existem Plantões. A grade de horários é divulgada nesta Lista."

Boa sorte!

Caso deseje solicitar alguma informação escreva para luzdosol1900@gmail.com que a sua resposta será dada mediante post, neste Blog.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

AS 12 PROMESSAS DE Alcoólicos. Anônimos.- AABR

AS 12 PROMESSAS DE A.A.

Tema abordado na XV CONVENÇÃO DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS.

1) VAMOS CONHECER UMA NOVA LIBERDADE E ALEGRIA

Esta primeira promessa se realizará para todos os membros da irmandade que seguirem os 12 Passos sugeridos para Alcoólicos Anônimos. Isto porque com a prática de tais passos, sofreremos uma verdadeira transformação em nossas vidas, deixando para trás todo o sofrimento do alcoolismo ativo. Se formos laboriosos, honestos, humildes, receberemos a graça de conhecer e vivenciar a verdadeira liberdade e a verdadeira alegria.

2) NÃO IREMOS ARREPENDER-NOS PELO PASSADO, NEM QUEIRAMOS ESQUECÊ-LO POR COMPLETO.

Mesmo que quiséssemos, não poderíamos modificar o nosso passado alcoólico, pois não nos é dado o poder de modificá-lo. Não deveremos, porém, arrepender-nos, pois será dele que tiraremos todas as lições para vivenciarmos uma vida melhor, utilizando para tanto os instrumentos que nos é facilitado pela nossa irmandade.
O passado servirá para nós como um ponto de referência para não errarmos mais. Henry Ford, certa vez observou com sabedoria que a experiência é o maior valor que a vida pode nos oferecer se estivermos dispostos a aproveitar a mesma para o nosso autocrescimento.
Cresceremos graças à disposição de encarar e retificar nossos erros, convertendo-os em vantagens. Este passado doloroso poderá ser de infinita valia para outras famílias que ainda lutam com o problema do alcoolismo.
Apeguemo-nos a este pensamento: “ Nas mãos de Deus, o passado escuro é a maior riqueza e a chave para a vida e alegria dos outros. Com ele, você poderá evitar-lhes a miséria e a morte”.

3) COMEÇAREMOS A COMPREENDER A PALAVRA “SERENIDADE” E CONHECEREMOS A “PAZ”.

Encontramos muitas pessoas em A.A., que antes pensavam como nós, que humildade era sinônimo de fraqueza. Eles nos ajudaram a nos reduzir ao nosso verdadeiro tamanho. Com seu exemplo, nos mostraram que a humildade e o intelecto poderiam ser compatíveis, contanto que colocássemos a humildade em primeiro lugar.
Quando um bêbado está com uma terrível ressaca, porque bebeu em excesso ontem, ele não pode viver bem hoje. Mas existe outro tipo de ressaca que todos nós experimentamos, bebendo ou não. É a ressaca emocional, resultado direto do acúmulo de emoções negativas de ontem e, às vezes, de hoje - raiva, medo, ciúme e outras semelhantes.
Se quisermos viver serenamente o hoje e o amanhã, sem dúvida precisaremos eliminar essas ressacas. Isso não quer dizer que precisemos perambular morbidamente pelo passado. Requer, isso sim, uma admissão e correção dos erros cometidos agora. Só assim, conheceremos a serenidade e atingiremos a paz.

4) NÃO IMPORTA QUANTO DESCEMOS NA ESCADA, POIS PODEREMOS VER O QUANTO NOSSA EXPERIÊNCIA BENEFICIARÁ A OUTROS.

Todos nós sabemos que durante a nossa atividade alcoólica, decaímos bastante na escala moral, social, financeira, familiar, etc. Contudo, atualmente, para nós, isso pouco importa, pois o que nos interessa atualmente é sabermos que a nossa experiência passada servirá para que outros não cometam os mesmos erros e consequentemente, não trilhem a mesma jornada de sofrimentos.
Nossa descida na escada servirá como farol luminoso para que outros barcos não naufraguem na mesma noite de tempestade.

5) AS SENSAÇÕES DE INUTILIDADE E AUTO PIEDADE DESAPARECERÃO.

Todo alcoólico, pela própria natureza e progressão da doença, sente-se um inútil na família, no trabalho, quando ainda o tem, e na sociedade em que vive. Dele se apodera o sentimento da autopiedade tão conhecido de todos nós. Somos os incompreendidos, as vítimas, os parias da sociedade e honestamente acreditamos que somos injustiçados, pois nada fizemos para merecer este destino.
Com o conhecimento e principalmente a prática criteriosa dos 12 Passos, com um destemido inventário moral, com a reparação dos erros cometidos, certamente deixaremos de ser inúteis e a autopiedade desaparecerá. Voltamos a ser úteis e integrados às nossas famílias, nossos trabalhos e na sociedade em que vivemos.

6) PERDEREMOS O INTERESSE PELAS COISAS EGOÍSTAS.

Egoísmo-egocentrismo. Todo alcoólico sofre este defeito de caráter. Achamos que essa é a causa de nossas dificuldades. Impulsionados por uma centena de formas de medo, auto-ilusão, interesse próprio e autopiedade, pisamos em nossos semelhantes e eles revidam. Aí descobrimos que nossas atitudes e decisões são baseadas no egocentrismo, daí o revide dessas pessoas.
Geralmente somos ambiciosos, exigentes e indiferentes ao bem estar dos outros. Se quisermos alcançar a sobriedade e combater tal defeito de caráter, nossa própria recuperação e crescimento espiritual terão que vir em primeiro lugar. Entre nós, membros de A.A. existe ainda uma grande confusão a respeito de que é material e do que é espiritual. Tudo depende de uma questão de motivo. Se usarmos nossos bens materiais de forma egoísta, então estaremos sendo materialistas.
Mas, se usarmos para ajudar os outros, então o material ajuda o espiritual. Havendo discernimento quanto a tudo isso, deixaremos de lado o egoísmo e passaremos a dar a nossos atos a amplitude de atos altruístas, sempre visando o bem do próximo e conseqüentemente o bem comum.

7) GANHAREMOS INTERESSE PELOS NOSSOS SEMELHANTES.

A.A. é mais que um conjunto de princípios; é uma sociedade de alcoólicos em ação. Precisaremos levar a mensagem, caso contrário, nós mesmos poderemos recair e aqueles, a quem não foi dada a verdade podem perecer. Deveremos compartilhar a Fé
reencontrada com outros. O que se pode dizer de muitos membros de A.A. que, por muitas razões, não podem constituir família?
No inicio muitos deles se sentem sozinhos, magoados e abandonados, quando vêem tanta felicidade conjugal ao seu redor.
Se não pode ter este tipo de felicidade, A.A. pode lhes oferecer satisfações igualmente válidas e duradouras. Basta tentar arduamente procurá-las.
Cercados de tantos amigos A.As., os chamados "solitários" não se sentirão mais sós. Em companhia de outros homens e mulheres, podem se dedicar a inúmeros ideais, pessoas e projetos construtivos. Todos os dias vemos esses membros que ganharam interesses pelos seus semelhantes prestarem relevantes serviços e receberem, de volta grandes alegrias.
À medida que progredimos espiritualmente e nos sentimos emocionalmente seguros passaremos a desenvolver o hábito de viver em sociedade ou fraternidade com todos os que nos cercam. Quando passarmos a dar de nós mesmos, sem esperar nada em troca, descobriremos que as pessoas serão atraídas para nós como nunca foram antes.

8) VAI MUDAR NOSSA ATITUDE E NOSSO MODO DE ENFRENTAR A VIDA.

Com o nosso progresso advindo da prática criteriosa dos 12 PASSOS, sentiremos as mudanças acontecerem em nossa vida como que por milagre. As atitudes negativas, ou defeitos de caráter que tanto nos caracterizaram no passado serão substituídos por atitudes positivas, revitalização de vida, prática de virtudes antes impensadas. Com relação ao nosso alcoolismo, se vier alguma tentação, dela nos afastaremos como se fosse uma chama quente. Reagiremos com inteligência e constataremos que isto acontece automaticamente. Veremos que nossa atitude face ao álcool nos foi dada sem ter que pensar ou fazer qualquer esforço. Simplesmente, veio! Aí está o milagre.
Não estamos lutando contra o álcool, nem evitando a tentação. Fomos colocados, seguros e protegidos, numa posição de neutralidade. O problema foi simplesmente resolvido.

9) MEDO DE GENTE E A INSEGURANÇA FINANCEIRA NOS DEIXARÁ.

No alcoolismo ativo nos embriagávamos para afogar nossos sentimentos de medo, frustração e depressão. Sem dúvida, o depressivo e o arrogante são personalidades que A.A. e o mundo possuem em abundância.
Nós de A.A. vivemos num mundo caracterizado por medos destrutivos, como nunca houve na história. Em seu inventário praticado constantemente o alcoólico deverá tentar corrigir suas principais falhas humanas ou defeitos de caráter: orgulho, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e preguiça. Aos poucos e com muita paciência, vai conseguindo êxito em sua empreitada.
Cada vez mais perderemos o medo de gente, voltaremos a nos socializar; nossa vida financeira voltará a se organizar, como conseqüência de nossa mudança e de nosso progresso dentro da irmandade. Ao sentirmos a força da espiritualidade apoderar-se de nós, ao desfrutar da paz de espírito, ao descobrir que poderíamos enfrentar a vida com êxito, ao ficar conscientes da presença de Deus, começamos a perder o medo do hoje, do amanhã e do futuro. Nascemos de novo.

10) INTUITIVAMENTE, SABEREMOS CONTORNAR AS SITUAÇÕES QUE ANTES NOS DEIXAVAM PERPLEXOS.

Com a prática dos passos veremos que temos que dar continuidade ao inventário pessoal e corrigir novos erros por ventura cometidos. Entramos no mundo do Espírito. Nossa próxima função é crescer em compreensão e valor. Isto não acontece de um dia para outro.
Deverá continuar para toda vida. Se os defeitos de caráter por ventura insistirem em voltar, pediremos imediatamente a Deus que os remova. Discutiremos tais problemas com outras pessoas e se causamos danos vamos repará-los na hora.
Aí está o milagre. Não estaremos lutando contra nada, nem evitando a tentação, fomos colocados em uma posição de neutralidade, seguros e protegidos. Os problemas foram simplesmente removidos. Não existem para nós. Não estaremos nem orgulhosos, nem medrosos.
Assim reagiremos enquanto nos mantivermos em boas condições espirituais. Contornaremos com intuição as situações que antes nos deixavam absortos e perplexos.

11) DE REPENTE, RECONHECEREMOS QUE DEUS ESTÁ FAZENDO POR NÓS O QUE NÃO PODÍAMOS FAZER SOZINHOS.

Descobriremos que temos uma prorrogação diária do nosso problema e esta prorrogação depende da manutenção de nossa condição espiritual. Cada dia é um dia em que devemos levar a visão da vontade de Deus a todas as nossas atividades. "Como posso servi-lo melhor? Sua vontade e não a minha seja feita". Estes são os pensamentos que devem nos acompanhar constantemente. Podemos exercer nossa força de vontade nestes termos.
O 11° Passo nos sugere a meditação e a oração. Homens melhores que nós as utilizaram constantemente. E funciona, sempre que tenhamos a atitude correta.
Agindo assim, de repente reconheceremos que Deus suprirá nossas deficiências e fará por nós aquilo que não podemos fazer sozinhos.

12) ESTAS PROMESSAS SÃO EXTRAVAGANTES? ACHAMOS QUE NÃO. ESTÃO SENDO REALIZADAS ENTRE NÓS, ÀS VEZES RAPIDAMENTE, E OUTRAS MAIS DEVAGAR, MAS SEMPRE SE REALIZARÃO SE TRABALHARMOS POR ELAS.

Praticando conscientemente os Passos chegaremos à hora que teremos que transmitir a mensagem e praticarmos os princípios neles contidos em todas as nossas atividades. O prazer de viver será o nosso tema e a Ação será a palavra chave. Teremos que experimentar o dar pelo dar, isto é, nada pedindo em troca.
Teremos que levar nossa mensagem ao alcoólico ainda sofredor. Agindo assim estaremos contribuindo para que todas as promessas, aqui enunciadas, deixem de ser meras promessas e se transforme na mais concreta realidade. Concluímos dizendo que a chave para a concretização das 12 Promessas, é a prática ininterrupta dos 12 Passos. Estes realizam aqueles. (Fim)

Fontes:
- AABR
- Livro Alcoólicos Anônimos
- Livro 12 Passos
- Livro Na Opinião de Bill.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dilma contra o crack

Revista Época divulga:


Na sua primeira entrevista como candidada oficial do PT à presidência, em fevereiro, Dilma Rousseff falou à revista ÉPOCA sobre sua grande preocupação com o crack, droga que se alastra pelo país: “Não acho que podemos tratar da droga com descriminalização. Estou muito preocupada com o crack. Crack mata, é muito barato e está entrando em toda periferia e nas pequenas cidades”, disse.
Em entrevistas para outros veículos impressos, no rádio e na TV, como na conversa com o apresentador José Luiz Datena, Dilma voltou a falar sobre crack. Seu posicionamento, a promessa de “enfrentar essa ameaça com autoridade, carinho e apoio”, também aparece no site da candidata. E agora, reaparece constantemente na TV, numa propaganda política veiculada desde o Dia das Mães. Cercada por outras mulheres, Dilma convoca a sociedade para “vencer a luta” contra o crack (assista ao vídeo abaixo)



Dilma e as Mulheres no combate as drogas




Candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, apontou ontem (8) a necessidade de uma mobilização nacional contra as drogas, para impedir que a juventude seja destruída, e conclamou as mulheres a liderarem esse movimento.
Ao discursar durante o encontro nacional em que o PCdoB ratificou apoio à sua candidatura, Dilma se posicionou contra a descriminalização das drogas, defendida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entre outros, e atribuiu essa proposta ao que chamou de falso liberalismo. ”Não há lugar mais para o charme traiçoeiro de um falso liberalismo que se contenta com a pregação da descriminalização da droga diante do crack”.
Para Dilma, o Brasil precisa combater firmemente, com repressão, terapia e prevenção, o tráfico e o consumo de drogas, porque ameaçam a juventude.“Esse é um pesadelo que a sociedade brasileira tem que afastar. Vejam o caso do crack, que é inimigo número 1 da sociedade. Não podemos, não devemos e não vamos permitir que nossa juventude seja destruída. Precisamos mobilizar o país nessa luta”, afirmou a pré-candidata petista para, logo, conclamar as mulheres a esse movimento.
“Nós mulheres temos que assumir a liderança desse processo. Precisamos estar no centro do movimento nacional contra a destruição da nossa juventude pelas drogas”. No pronunciamento que dirigiu especialmente às mulheres e aos jovens, que formam parte expressiva da militância do PCdoB, a pré-candidata petista criticou o uso de forças policiais, pelo Governo José Serra (PSDB), contra os professores paulistas.
“Temos que continuar melhorando a qualificação e remuneração dos professores, ampliando as conquistas trazidas por este governo e, sobretudo, jamais saindo às ruas ou colocando a polícia nas ruas para bater em professores”.
Sem medo de debate

O encontro nacional do PCdoB foi aberto, em Brasília, com o anúncio do presidente do partido, Renato Rabelo, de que o comitê central decidiu, por unanimidade, apoiar a candidatura de Dilma.
“Anuncio entusiasticamente que, em votação unânime do principal órgão do PCdoB, seu comitê central, decidimos pelo apoio à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República”.
Em seu discurso, o dirigente comunista acentuou as diferenças entre o projeto representado pela candidatura de Dilma e o da oposição liderada pelo ex-ministro do Governo Fernando Henrique e ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB).
 “O Brasil, sob a liderança do tucanato, estava inadimplente, quebrou três vezes, tivemos um racionamento de energia por longo tempo. Era um país tutelado de forma draconiana pelo FMI. Não é por acaso que a oposição foge, como o diabo foge da cruz, de apresentar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”.
O presidente Lula também atacou as oposições. Mas, sobretudo, instigou e encorajou a militância do PCdoB a debater o projeto de seu governo.   “Se depender dos times que estão em campo, nunca tivemos uma campanha tão fácil. Não é porque nossos adversários são fracos. É porque somos mais fortes. Não temos que ter medo de debater nada”.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Leia por favor essa matéria!


Dilma, leia por favor essa matéria! Salvemos nossas crianças!

Psicóloga conta dia a dia do crack
RIO - M.S.,12 anos. Na busca pelo crack, foi violentada por seis homens e teve de fazer cirurgia para reconstituir a genitália.
P.F., 15 anos. Com baixa imunidade por fumar crack, contraiu tuberculose.
V.S., 17 anos. Contaminada pelo vírus HIV na rotina de trocar o corpo por uma pedra da droga.
Histórias chocantes como essas fazem parte do cotidiano profissional da psicóloga Marise Ramôa, supervisora da Embaixada da Liberdade, em Manguinhos – da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) –, que atende jovens viciados em crack.
Há 16 anos fazendo um trabalho de assistência à crianças e adolescentes dependentes de drogas, ela se sente uma espécie de ‘mãezona’ dessa nova geração de viciados, em crack. Rotina que incorporou à vida particular.
– Estou muito implicada nessa causa. São histórias que mexem com a gente. O caso dessa menina de 12 anos me chocou muito – admite Marise, que tem duas filhas. – Faço esse trabalho com amor, como se fossem meus filhos, também.
A supervisora da Embaixada assiste a jovens dependentes desde 1994, até assumir a função na entidade da SMAS.
– Tenho prazer de estar com eles, que buscam a mão amiga, um horizonte para se livrarem do vício.
Marise faz questão de mergulhar na intimidade dos jovens, atendidos diariamente pela instituição, em Manguinhos.
– Essa epidemia de crack, que se alastra pelo Brasil, é retrato do descaso da sociedade, que produz o abandono desses jovens – entende a psicóloga do Núcleo de Direitos Humanos da Subsecretaria de Proteção Especial da SMAS.
Segundo ela, os jovens fazem uso de crack como forma de autoafirmação, por carência afetiva junto à família e até como uma atitude de autodefesa por causa da exclusão social.
– Mas, no fundo, é demonstração de que estão sofrendo porque as consequências são sempre danosas para usuários de crack, principalmente, os menores – explica a psicóloga.
Em apenas cinco meses, 698 menores assistidos
A epidemia de crack no Brasil começou em 2000. Uma bola de neve que cresce a cada mês. A maior prova disso é o constante aumento de atendimentos feitos pela Embaixada da Liberdade.
Criada em 21 de dezembro de 2009, a entidade já acolheu quase 700 jovens dependentes de crack. De janeiro a maio, foram 698 os casos: janeiro (85), fevereiro (114), março (159), abril (187) e maio (153).
Além de profissionais especializados, a entidade dispõe de alojamentos, oficinas de artesanato, pintura, desenho, grafite, salão e oficina de beleza.
– Muitos batem à nossa porta – lembra Marise Ramôa. – Lá, vivem uma rotina de prazer com atividades lúdicas e lazer. Se comportam como crianças e adolescentes . José Luiz de Pinho, Jornal do Brasil,21:13 - 13/06/2010, Postado por Kelly Girão

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Autodestrutividade, Eros, Libido, Instinto de morte


Dizem que se não provocarmos as pessoas a pensar elas continuarão agindo como autômatos. Esta frase é bem interessante pois é assim que reparo muitas pessoas que passam a caminho do trabalho. Parecem tão mecânicos os movimentos e, até mesmo os sorrisos. Pelo menos, por serem automatos, não sofrem, eis uma vantagem de ser tal qual um robô. Mas vamos ao que escrevi sobre autodestrutividade sob inspiração freudiana:


Freud, em A Mente e seu Funcionamento, trata do aparelho psíquico, e passa a denominar a energia total disponível em EROS, como libido. Essa energia, presente no ego-id, ainda indiferenciado, "serve para neutralizar as tendências destrutivas que estão simultaneamente presentes".  Freud, diz não dispor de palavra análoga à libido para descrever a energia do instinto destrutivo, cujas vicissitudes são mais difíceis que as da libido.

Este instinto destrutivo nada mais é do que o instinto da morte, que é silencioso e só desperta atenção quando se exterioriza. Esse desvio de dentro para fora tem componentes que parecem servir a auto-preservação e, como toda moeda tem dois lados, podemos ter o instinto auto-destrutivo. O instinto da morte poderia ser denominado, em alguns casos, como instinto de sobrevivência, o que parece  contraditório. No caso, poderíamos dizer que o estado de necessidade existente em um individuo qualquer pode aflorar o instinto da morte, determinando ao necessitado o componente de violência necessário para buscar sua preservação. A dosagem, adequação e inadequação deste componente varia de individuo a individuo e depende das circunstâncias que envolve cada necessitado. O estado de necessidade não ficaria tão somente no campo das necessidades primárias humanas, mas se estenderia ao campo da alma. O desamor, a solidão, a indiferença, desprezo, horror, rejeição, exclusão, impotência, isolamento e tantas coisas mais, afetam a psique individual. Quer objetiva, quer subjetivamente, despertando no ser o instinto de morte, que pode ser o da auto-preservação, como da auto-destruição.

Baixa-auto-estima, falta de amor próprio, descuido e desprezo consigo mesmo são sinais evidentes da exteriorização do instinto destrutivo que existe em cada ser vivo. As razões que levaram alguém a chegar a tal estado, não vem ao caso, neste momento.

O despertar do superego despeja considerável quantidade de instinto agressivo, que se fixa no interior do ego e, é nesta região do aparelho mental que tal instinto se opera de modo autodestrutivo.

Para Freud "este é um dos perigos para a saúde com que os seres humanos se defrontam em seu caminho para o desenvolvimento cultural". Conter a agressividade é, de modo geral, "nocivo e conduz à doença (à mortificação)."  Vejamos a razão:

"Uma pessoa num acesso de raiva, com frequência demonstra como a transição da agressividade, que foi impedida, para a autodestrutividade, é ocasionada pelo desvio da agressividade contra si própria: arranca os cabelos ou esmurra a face, embora, evidentemente, tivesse preferido aplicar esse tratamento a outrem."

É muito interessante ler e entender Freud, através de exemplos. Imagine a agressividade reprimida transformando-se em autodestrutividade.

Aquele cabelo arrancado da própria cabeça era o cabelo de uma outra pessoa que deveria ter sido arrancado? Como a pessoa não pode e não deve arrancar o cabelo de outrem, que lhe causou algum mal, canaliza a agressividade contra si mesmo, sob a forma autodestrutiva.

Deve ser muito doloroso este processo para quem o experimenta. Imagino usuários de drogas, pessoas que se auto-flagelam, relações sado-masoquistas, pessoas deprimidas, a mulher raivosa e, até mesmo, o aparecimento de doenças auto-imunes, além de  predispor o organismo ao surgimento de determinados tipos de tumor; mas isto é apenas uma hipótese, nada mais que uma hipótese, minha, que deixo no ar para que alguém,  com deseje de explorar este terreno, desenvolvendo-o, transforme este rascunho em um trabalho alicerçado científicamente. 

Só por hoje!

OBS.: Mais tarde o Instinto da morte passaria a ser denominado como .tanatos - Med. Em psicanálise significa instinto de morte, postulado por Sigmund Freud, em oposição a Eros, ou instinto de vida; o termo adv...

Eros
s.m. Psicanálise Conjunto das tendências sexuais e dos desejos delas resultantes: o eros individual fornece muitas vezes a explicação dos sonhos. &151; Divindade do amor, entre os gregos. Representado com traços de uma criança. (V. PSIQUE.)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Lema do Psicodrama, Jacob Levy Moreno

LEMA DO PSICODRAMA
Jacob Levy Moreno
"Um Encontro de dois:
olhos nos olhos,
 face a face.

 E quando estiveres perto,
arrancar-te-ei os olhos e
 colocá-los-ei no lugar dos meus;

 E arrancarei meus olhos
 para colocá-los no lugar dos teus;

 Então ver-te-ei com os teus olhos
 e tu ver-me-ás com os meus"

Este famoso lema do psicodrama foi publicado no Jornal Tribuna da Bahia, em Setembro de 1977 e ficou guardado na memória durante 33 anos. Entretanto, pouco sei do seu autor. 
O arrancar e trocar de olhos parece ser de extrema rudez, mas é exatamente isso que o autor busca transmitir de modo enfático. 
Julgar o próximo parece ser algo fácil, lugar comum, hoje em dia. Ponha-se diante de um espelho e se olhe com seus próprios olhos. A biblia reza que os olhos são a lâmpada do corpo. Será? Não tenho dúvida quanto a esta assertiva divina.

Parece tarefa dificil enxergar o semelhante com outros olhos, que não aqueles, impregnados por sentimentos, igualmente rudes, cheios de regras, sentenças, conceitos, preconceitos, opiniões formadas, valores e juízos. È por isso que ao ver alguém incidindo no que considero um erro, penso e digo pra mim mesmo: é um erro humano, como permanecer no erro também o é. Não nasci pra julgar ninguém.

Dizem que é no silêncio das nossas consciências que Deus nos espera. Enquanto isso, espero novos olhares, mais humanos e menos rudes. Não preciso me olhar no espelho, no espelho da vida quem eu vejo, com seus olhos, é você amigo(a) leitor(a).

Propaganda de Bebida alcoólica

É do conhecimento de todos os danos causados pelo consumo de bebidas alcoólicas.

CreditoSegundo dados, 18 em cada 100 brasileiros adultos são dependentes de álcool, o hábito de beber entre crianças e adolescentes é cada vez maior, 75% dos acidentes fatais de trânsito são associados ao uso excessivo de álcool (em torno de 29 mil mortes por ano) e cerca de 40% das ocorrências policiais relacionam-se ao abuso de álcool.

Se não bastassem estes alarmantes números, o que dizer da agressão à saúde do indivíduo, acarretando problemas neurológicos (como demência alcóolica, derrame cerebral, traumas cranioencefálicos, distúrbios neuropsiquiátricos, abstinência alcóolica com mortalidade de até 30% e coma hepático); pancreatite, cirrose, gastrite, úlcera péptica, hipertensão arterial, arritmias cardíacas, miocardiopatia alcóolica, infarto do miocárdio, desnutrição, infecções como meningites, pneumonias, abscessos pulmonares, peritonites; e câncer do trato respiratório e gastrointestinal, patologias essas que fazem parte do dia a dia dos médicos que trabalham em Pronto Socorro, e que acarretam um aumento da mortalidade geral de quatro vezes, e um gasto extraordinário em internações decorrentes do uso abusivo de álcool, segundo o Ministério da Saúde R$ 310 milhões nos últimos três anos.

A indústria do álcool e da propaganda desempenha um papel irresponsável no Brasil, pois, ao associar as bebidas alcoólicas exlusivamente a momentos gloriosos, à sexualidade e a ser brasileiro, cria um clima normatizador. Devem ser tomadas providências para lidar com esse grave problema de saúde pública.

Crédito: Thomas de Carvalho Silva bacharel em direito pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3601

OAB analisa propaganda de drogas lícitas

O Conselho Federal da OAB está analisando propostas formuladas por quatro de suas Comissões no sentido de sugerir ao governo federal medidas visando regular a veiculação de propaganda de bebidas alcoólicas, na mídia, e incentivar campanhas de combate ao consumo de álcool. O assunto "Drogas Lícitas" foi analisado pelas Comissões de Estudos Constitucionais, Direitos Sociais, Direitos Humanos e Direitos Difusos e Coletivos, em reunião realizada no dia 13 de abril. O presidente nacional da OAB, Rubens Approbato Machado, designou como relator das proposições o conselheiro federal (ES) Luiz Antonio de Souza Basilio. O relatório das quatro Comissões aborda a influência da propaganda principalmente sobre os jovens e afirma que, embora a sociedade tenha grande medo das drogas ilícitas, o vilão dos vilões é o álcool. "Não se propõe a proibição da venda de bebidas alcoólicas; nenhuma lei seca até hoje deu certo. No entanto, o consumo completamente liberado, como vem ocorrendo, não pode continuar. A exemplo do que se fez com o cigarro, cujas embalagens trazem alertas sobre o perigo do uso regular do tabaco, é preciso informar os consumidores dos perigos do excesso com relação ao álcool, não apenas para dirigir veículos", diz o relatório. O documento apresenta, ainda, dados estatísticos mostrando a relação Álcool x Veículos, Álcool x Violência, Álcool x Mortalidade e dados comparativos com drogas ilícitas.
Fonte: http://www.jusbrasil.com.br/noticias/1645314/oab-analisa-propaganda-de-drogas-licitas

Como consumo de álcool gera violência no trânsito

Estudante da UEG faz estudo sobre mortes por acidentes, homicídios e afogamentos provocados pela ingestão excessiva de bebidas

Com o objetivo de mostrar a relação do consumo de álcool com mortes violentas, o estudante Carlúcio Medeiros, do curso de Farmácia da UEG, oferecido na Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas de Anápolis, realizou um estudo no Instituto Médico-Legal da cidade.

Carlúcio Medeiros está concluindo o curso de Farmácia e é funcionário do IML de Anápolis, atuando como auxiliar de autópsia. A pesquisa desenvolvida pelo aluno da UEG contou com a orientação do professor mestre Fernando Honorato Nascimento e avaliou 246 vítimas de mortes violentas, nos anos de 2003 a 2005.

Os dados foram coletados nos livros de registro de óbito do Instituto Médico-Legal, que atende 16 municípios, e em exames de avaliação da quantidade de etanol ingerido pelas vítimas e que são analisados pelos laboratórios do Instituto de Criminalística da Polícia Técnico-Científica, em Goiânia.

Este estudo foi apresentado no 4º Congresso Goiano de Medicina Legal, promovido pela Universidade Federal de Goiás, e também como trabalho de conclusão de curso, sendo avaliado com a nota 9,8. A pesquisa despertou ainda a atenção de vários órgãos de comunicação, que publicaram matérias sobre o assunto, repercutindo os dados coletados na pesquisa.

De acordo com o estudante da UEG e baseado em estudos médicos, a ingestão de álcool afeta o desempenho intelectual e motor e prejudica também a discriminação sensorial. "As pessoas, na maioria das vezes, não conseguem perceber as mudanças por si próprias, o que as torna confiantes de que estão bem", relata.

Pesquisa : O estudante da UEG baseou sua pesquisa em estudos que evidenciam como o consumo excessivo de álcool pode levar a vários problemas de saúde e a mortes violentas ocasionadas por acidentes automobilísticos, homicídios, afogamentos, dentre outros tipos de óbitos.

Usando os dados coletados nos registros do IML, nos laudos cadavéricos e em amostras de sangue coletadas das vítimas para a análise da quantidade de etanol absorvido pelo organismo, Carlúcio chegou a várias conclusões. As maiores vítimas dos casos de mortes violentas, ocasionadas pela ingestão de álcool, são do sexo masculino. Dos 246 óbitos, 215 eram de homens e o teor médio de álcool presente nos organismos era de 9,80 dg/L (decigramas de álcool por litro de sangue).

As pessoas de cor branca (108) e parda (114), de acordo com a definição do IBGE e adotada pelo IML, constam como as maiores vítimas de mortes violentas. Porém, os negros, com registro de apenas oito mortes, são os que mais apresentaram teor alcoólico no sangue, com dosagem média de 13 dg/L.

Outros fatores analisados na pesquisa foram a idade, o estado civil e o horário mais freqüente dos óbitos. Carlúcio Medeiros observou que as vítimas têm idade entre 16 e 20 anos e 41 e 45 anos; são solteiras, embora os casados tenham apresentado maior índice de teor alcoólico e o horário em que os acidentes mais ocorrem está na faixa das 18 às 6 horas da manhã.

As vítimas morreram, em sua maioria, de acidentes de trânsito e homicídios, apresentando teor alcoólico de cerca de 9,5 dg/L, o que, segundo estudos, já é suficiente para ocasionar perda da coordenação motora e dormência em algumas regiões do corpo.

Traumatismo crânio-encefálico e politraumatismo são as ocorrências mais comuns em óbitos que aconteceram, em sua maioria, em vias públicas, principalmente aos sábados e domingos.

Para o estudante de Farmácia da UEG, com base nesses resultados, as políticas públicas "devem ser reanalisadas para coibir o consumo abusivo de bebidas alcoólicas. Com base nesse perfil, podem se estudar medidas para evitar que mais pessoas percam a vida devido ao envolvimento com o álcool."

O estudante propõe ainda que sejam tomadas medidas de controle de venda, restrição do horário de compra e até mesmo a proibição de venda e consumo de bebidas alcoólicas para que a morte de muitas pessoas possa ser evitada pela violência estimulada pela ingestão abusiva de álcool. [Diário da Manhã]



O álcool é um dos maiores vilões do trânsito na Cidade de São Paulo. Das pessoas que morreram em acidentes de trânsito no segundo semestre do ano passado (2004), 42,7% tinham bebido além do permitido. O levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde com base em laudos do Instituto Médico Legal mostra ainda que o homem jovem, entre 20 e 29 anos, solteiro, é a vítima em maior potencial dessas mortes. É mais uma prova de que bebida e direção não combinam.

"Não esperávamos uma proporção tão alta do uso de álcool entre os mortos no trânsito. Com tanto que já se falou, acreditávamos que as pessoas já tivessem se conscientizado desse perigo", conta Vilma Gawryszewski, coordenadora do grupo técnico de prevenção de acidentes da secretaria.

Dos 454 casos de mortes analisados, 76% eram de homens e 28,7% do total de vítimas tinham entre 20 e 29 anos. Na verdade, aconteceram pelo menos 761 mortes no trânsito naquele período, mas nem todos os casos puderam ser analisados. O fato de a maioria morrer no local do acidente também pode indicar que a vítima estava em alta velocidade.

"Você tem o jovem com sua inexperiência ao dirigir e a sensação de onipotência e junta com o álcool, duplicando os fatores de risco. Há alguns anos, o maior número ficava entre 18 e 25 anos. Está aumentando a faixa etária", comenta o presidente da Comissão de Estudos de Direito de Trânsito da OAB/SP, Cyro Vidal. Ele explica que isso se deve às mudanças impostas pelo Código de Trânsito Brasileiro.

Hoje, um jovem consegue a permissão para conduzir, com validade de um ano, quase aos 19 anos. Neste prazo, não pode ter faltas gravíssimas ou graves, nem reincidir em médias e leves, senão perde a permissão e tem de começar tudo de novo. "O jovem que está se habilitando colocou um freio na boca e no pé."

A pesquisa aponta também que os pedestres são as maiores vítimas - 6,8 mortes para cada 100 mil - , seguidos dos ocupantes dos veículos (5,8 por 100 mil) e motociclistas (1,4 por 100 mil). Para Vilma, é preciso fazer continuamente campanhas educativas para que a relação entre álcool e acidentes diminua - pela legislação, é permitida uma concentração de até 0,6 gramas de álcool por litro de sangue, o que representa o consumo de duas latas de cerveja.

OBS: Não se pode comparar pedestres com ocupantes e motociclistas desta forma, mas sim considerar o número de expostos em cada caso. O número de pedestres é enorme, seguido dos ocupantes e finalmente os motociclistas!

Consumo de bebidas alcoólicas em Portugal e no Brasil


A Organização Mundial da Saúde (World Health Organization, WHO) estima que 3,2% do “ônus da doença” (burden of disease, o impacto da doença na expectativa de vida e nas perdas econômicas e sociais) se deve ao consumo de bebidas alcoólicas. Atualmente Portugal é o oitavo país do mundo em termos de consumo de álcool. O impacto do consumo de álcool naquele país representa um ônus econômico considerável para o sistema de saúde lusitano.

Segundo a gastroenterologista Helena Cortez-Pinto, o surgimento de cirrose hepática em decorrência do consumo de álcool leva a um quadro de alta morbidez e mortalidade. O estudo coordenado pela Dra. Cortez-Pinto foi considerado brilhante pelo presidente da Sociedade Européia de Pesquisa Biomédica de Álcool, Helmut K. Seitz. Segundo Seitz, “O estudo realizado demonstra claramente que o consumo de álcool é não somente um fator de risco para várias doenças, principalmente doenças do fígado, mas que tais doenças apresentam um enorme custo para a sociedade. Dados similares foram obtidos em outros países, como o Canadá e a Inglaterra, e estamos coletando dados adicionais para mostrar à sociedade, aos médicos e aos políticos que é necessário se tomar providências.”

O estudo coordenado por Cortez-Pinto analisou 2500 dados estatísticos de saúde e demográficos, utilizando a abordagem DALY (Disability-Adjusted Life Years). Tal abordagem considera o conjunto dos efeitos que as doenças decorrentes do consumo de álcool podem ter sobre mortalidade prematura. Ou seja, o quanto o consumo de álcool pode influenciar na redução qualidade e da expectativa de vida das pessoas que são diagnosticadas com doenças decorrentes do consumo de álcool.

Segundo o estudo, 3,8% das mortes de Portugal são causadas pelo consumo de álcool. Desta porcentagem, 31,5% corresponde a doenças de fígado, 28,2% a acidentes de carro, 19,2% a vários tipos de câncer e doenças cardiovasculares. Em termos econômicos, tais perdas correspondem a 191 milhões de Euros para Portugal em custos diretos, 0,13% do PIB daquele país e 1,25% dos gastos nacionais com saúde.

O consumo exagerado de álcool é observado especialmente por homens de baixo nível educacional e fumantes. Além disso, o consumo de álcool é considerado o maior fator de risco para o surgimento de câncer na boca, laringe, faringe, esôfago, fígado, de mama e colo-retal, tipos de câncer de alta prevalência.

Segundo a Dra. Cortez-Pinto, outros países deveriam realizar estudos desta natureza para observar as conseqüências severas do consumo de álcool para a sociedade e para a economia. Os resultados de tais pesquisas deveriam servir para governos implementarem medidas para a diminuição do consumo de bebidas alcoólicas, principalmente jovens. “O público têm que entender que o consumo de álcool é um problema de saúde muito sério, e o número 1 em termos de causas de doenças na Europa. E, se quisermos controlar este problema, várias medidas devem ser implementadas, como aumentar significativamente o preço das bebidas e restrições para sua compra.”

Na Europa, os países do leste europeu são os que apresentam o maior consumo de álcool, bem como a Alemanha e o Reino Unido. A fonte destas informações é o ScienceDaily.

Enquanto isso, embora cerca de 10% da população brasileira seja de alcoólatras (veja aqui), a AMBEV comemora o aumento no consumo de bebidas alcoólicas e promete investir 2 bilhões de reais para aumentar ainda mais a oferta de bebidas desta natureza (veja aqui).

Segundo dados da Prefeitura Municipal de São Paulo (veja aqui), levantamentos realizados por pesquisadores com base em dados do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (GREA), da Associação Brasileira de Bebidas (ABRABE), da AMBEV e do Ministério da Saúde, a indústria do álcool movimenta recursos equivalentes a 3,5% do PIB brasileiro. Esse mesmo estudo calculou que o custo anual de problemas relacionados ao álcool é de 7,3% do PIB brasileiro. Ou seja, as despesas com tratamento de doenças causadas ou agravadas pelo álcool superam os impostos pagos pelas empresas para livremente comercializarem e divulgarem o seu produto em nosso país. É a indústria das bebidas alcoólicas que determina as principais iniciativas dessa política, da difusão do consumo, na publicidade e áreas afins. A indústria de bebidas alcoólicas conta com forte apoio no Congresso Nacional e no Senado.

Ainda de acordo com os dados da Prefetura do Município de São Paulo, o consumo de álcool é hoje um dos mais graves problemas de saúde e segurança pública do Brasil, porque:

- É responsável por mais de 10% de todos os casos de adoecimento e morte no país.

- Provoca 60% dos acidentes de trânsito.

- É detectado em 70% dos laudos cadavéricos de mortes violentas.

- Transforma 18 milhões de brasileiros em dependentes do álcool.

- Leva 65% dos estudantes de 1º e 2º grau à ingestão precoce, sendo que a metade deles começa a beber entre 10 e 12 anos;

- Está ligado ao abandono de crianças, aos homicídios, delinqüência, violência doméstica, abusos sexuais, acidentes e mortes prematuras.

- Causa intoxicações agudas, coma alcoólico, pancreatite, cirrose hepática, câncer em vários órgãos, hipertensão arterial, doenças do coração, acidente vascular cerebral, má formação do feto; está ligado a doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada.

- Impõe prejuízos incalculáveis, atendimentos em pronto-socorros, internações psiquiátricas, faltas no trabalho; além dos custos humanos, com a diminuição da qualidade de vida dos usuários e de seus familiares.

Resta saber quando a sociedade vai acordar para o consumo excessivo de álcool no Brasil, um problema crônico.

Crédito: http://quiprona.wordpress.com/2010/06/01/consumo-de-bebidas-alcoolicas-em-portugal-e-em-sao-carlos-sp-brasil/

terça-feira, 15 de junho de 2010

Psicánalise Freudiana, Id, Ego, Superego



PRIMEIRA TEORIA DO APARELHO PSÍQUICO
(PRIMEIRA TÓPICA).
ROTEIRO
   1-Introdução.
   2- Inconsciente.
2.1-Definição.
2.2-Histórico.
3-   Pré-Consciente.
3.1-Definição.
3.2-Histórico.
4-   Consciente.
4.1-Definição.
4.2- Histórico.
5- Bibliografia.

1-INTRODUÇÃO.
Freud empregou a palavra “aparelho” para caracterizar uma organização psíquica dividida em sistemas, ou instâncias psíquicas, com funções específicas para cada uma delas, que estão interligadas entre si, ocupando um certo lugar na mente. Em grego, “topos” quer dizer “lugar”, daí que o modelo tópico designa um “modelo de lugares”, sendo que Freud descreveu a dois deles: a “Primeira Tópica” conhecida como Topográfica e a “Segunda Tópica”, como Estrutural.
A noção de “aparelho psíquico”, como um conjunto articulado de lugares – virtuais – surge mais claramente na obra de Freud em “A interpretação dos sonhos” de 1900, no qual, no célebre capítulo 7, ele elabora uma analogia do psiquismo com um aparelho óptico, de como esse processa a origem, transformação e o objetivo final da energia luminosa.
Nesse modelo tópico, o aparelho psíquico é composto por três sistemas: o inconsciente (Ics), o pré-consciente (Pcs) e o consciente (Cs). Algumas vezes, Freud denomina a este último sistema de sistema percepção-consciência.
O sistema consciente tem a função de receber informações provenientes das excitações provenientes do exterior e do interior, que ficam registradas qualitativamente de acordo com o prazer e/ou, desprazer que elas causam, porém ele não retém esses registros e representações como depósito ou arquivo deles. Assim, a maior parte das funções perceptivo-cognitivas-motoras do ego – como as de percepção, pensamento, juízo crítico, evocação, antecipação, atividade motora, etc., processam-se no sistema consciente, embora esse funcione intimamente conjugado com o sistema Inconsciente, com o qual quase sempre está em oposição.
O sistema pré-consciente foi concebido como articulado com o consciente e, tal como sugere no “Projeto”, onde ele aparece esboçado com o nome de “barreira de contato”, funciona como uma espécie de peneira que seleciona aquilo que pode, ou não, passar para o consciente.
Ademais, o pré-consciente também funciona como um pequeno arquivo de registros, cabendo-lhe sediar a fundamental função de conter as representações de palavra, conforme foi conceituado por Freud, 1915.
O sistema inconsciente designa a parte mais arcaica do aparelho psíquico. Por herança genética, existem pulsões, acrescidas das respectivas energias e “protofantasias”, como Freud denominava as possíveis fantasias atávicas que também são conhecidas por “fantasias primitivas, primárias ou originais”. As pulsões estão reprimidas sob a forma de repressão primária ou de repressão secundária.
Uma função que opera no sistema inconsciente e que representa uma importante repercussão na prática clínica é que ela contém as representações da coisa. Portanto, numa época em que as representações ficaram impressas na mente quando ainda não havia palavras para nomeá-las. Funcionalmente, o sistema inconsciente opera segundo as leis do processo primário e, além das pulsões do id, tem também muitas funções do ego, bem como do superego.

2- INCONSCIENTE.
2.1- DEFINIÇÃO.
É o conteúdo ausente, em um dado momento, da consciência, que está no centro da teoria psicanalítica. O adjetivo inconsciente é por vezes usado para exprimir o conjunto dos conteúdos não presentes no campo efetivo da consciência, isto num sentido “descritivo” e não “tópico”, quer dizer, sem se fazer discriminação entre os conteúdos dos sistemas pré-consciente e inconsciente.
No sentido “tópico”, inconsciente designa um dos sistemas definidos por Freud no quadro da sua primeira teoria do aparelho psíquico. É constituído por conteúdos recalcados aos quais foi recusado o acesso ao sistema pré-consciente-consciente pela ação do recalque originário e recalque a posteriori. Freud acentuou desde o início que o sujeito modifica a posteriori os acontecimentos passados e que essa modificação lhes confere um sentido e mesmo uma eficácia ou um poder patogênico.
Podemos resumir do seguinte modo as características essenciais do inconsciente como sistema (ou Ics):
a) Os seus “conteúdos” são “representantes” das pulsões;
b) Estes “conteúdos” são regidos pelos mecanismos específicos do processo primário, principalmente a condensação e o deslocamento;
c) Fortemente investidos pela energia pulsional, procuram retornar à consciência e à ação (retorno do recalcado); mas só podem ter acesso ao sistema Pcs-Cs nas formações de compromisso, depois de terem sido submetidos às deformações da censura.
d) São, mais especialmente, desejos da infância que conhecem uma fixação no inconsciente.
A abreviatura Ics (Ubw do alemão Unbewusste) designa o inconsciente sob a sua forma substantiva como sistema; ics (ubw) é a abreviatura do adjetivo inconsciente (unbewusst) enquanto qualifica em sentido estrito os conteúdos do referido sistema.
No quadro da segunda tópica freudiana, o termo inconsciente é usado, sobretudo na sua forma adjetiva; efetivamente, inconsciente deixa de ser o que é próprio de uma instância especial, visto que qualifica o id e, em parte, o ego e o superego. Mas convém notar que as características atribuídas ao sistema Ics na primeira tópica são de um modo geral atribuídas ao Id na segunda. A diferença entre o pré-consciente e o inconsciente, embora já não esteja baseada numa distinção intersistêmica, persiste como distinção intra-sistêmica (o ego o superego são em parte pré-conscientes e em parte inconscientes).

2.2- HISTÓRICO.
O sonho foi para Freud o caminho por excelência da descoberta do inconsciente. Os mecanismos (deslocamento, condensação, simbolismo) evidenciados no sonho em “A interpretação de sonhos” de 1900 e constitutivos do “processo primário” são reencontrados em outras formações do inconsciente (atos falhos, chistes, lapsos, etc.), equivalentes aos sintomas pela sua estrutura de compromisso e pela sua função de “realização de desejo”.
O inconsciente freudiano é, em primeiro lugar, indissoluvelmente uma noção tópica e dinâmica, que brotou da experiência do tratamento. Este mostrou que o psiquismo não é redutível ao consciente e que certos “conteúdos” só se tornam acessíveis à consciência depois de superadas certas resistências.
O termo “inconsciente” havia sido utilizado antes de Freud para designar de forma global o não-consciente. Freud afasta-se da psicologia anterior, por uma apresentação metapsicológica, isto é, por uma descrição dos processos psíquicos em suas relações dinâmicas, tópicas e econômicas. Este é o ponto de vista tópico, que permite localizar o inconsciente. Uma tópica psíquica não tem nada a ver com a anatomia, refere-se a locais do aparelho psíquico. Este é “como um instrumento” composto de sistemas, ou instâncias, interdependentes. O aparelho psíquico é concebido sobre o modelo de um aparelho reflexo, do qual uma extremidade percebe os estímulos internos ou externos, encontrando sua resolução na outra extremidade, a motora. É entre esses dois pólos que se constitui a função de memória do aparelho, sob a forma de traços mnésicos deixados pela percepção que é conservado, mas sua associação, por exemplo, conforme a simultaneidade, a semelhança, etc. A mesma excitação encontra-se, portanto, fixada de forma diferente nas diversas camadas da memória. Como uma relação de exclusão liga as funções da memória e da percepção, é preciso admitir que nossas lembranças tornam-se logo inconscientes.
No artigo “O inconsciente” em 1915, Freud denomina-os “representante da pulsão”. Com efeito, a pulsão, na fronteira entre o somático e o psíquico, está aquém da oposição entre consciente e inconsciente; por um lado, nunca se pode tornar objeto da consciência e, por outro, só está presente no inconsciente pelos seus representantes, essencialmente o “representante-representação”.
Para Freud, é pela ação do “recalque” infantil que se opera a primeira clivagem entre o inconsciente e o sistema Pcs-Cs. O inconsciente freudiano é “constituído”, apesar de o primeiro tempo do recalque originário poder ser considerado mítico; não é uma vivência indiferenciada.

3- PRÉ-CONSCIENTE.
3.1- DEFINIÇÃO.
Como substantivo, designa um sistema do aparelho psíquico nitidamente distinto do sistema inconsciente (Ics); como adjetivo, qualifica as operações e conteúdos desse sistema pré-consciente (Pcs). Estes não estão presentes no campo atual da consciência e, portanto, são inconscientes no sentido “descritivo” do termo, mas distingue-se dos conteúdos do sistema inconsciente na medida em que permanecem de direito acessíveis à consciência (conhecimentos e recordações não atualizados, por exemplo).
Do ponto de vista metapsicológico, o sistema pré-consciente rege-se pelo processo secundário. Está separado do sistema inconsciente pela censura, que não permite que os conteúdos e os processos inconscientes passem para o Pcs sem sofrerem transformações.
No quadro da segunda tópica freudiana, o termo pré-consciente é sobretudo utilizado como adjetivo, para qualificar o que escapa à consciência atual sem ser inconsciente no sentido estrito. Do ponto de vista sistemático, qualifica conteúdos e processos ligados ao ego quanto ao essencial, e também ao superego.

3.2- HISTÓRICO.
Desde cedo Freud estabelece a diferença durante a elaboração de suas considerações metapsicológicas. Em “A interpretação de sonhos” em 1900, o sistema pré-consciente está situado entre o sistema inconsciente e a consciência; está separado do primeiro pela censura, que procura barrar aos conteúdos inconscientes o caminho para o pré-consciente e para a consciência; na outra extremidade, comanda o acesso à consciência e à motilidade.

4- CONSCIENTE.
4.1- DEFINIÇÃO.
No sentido descritivo, é a qualidade momentânea que caracteriza as percepções externas e internas no conjunto dos fenômenos psíquicos. Segundo a teoria metapsicológica de Freud, a consciência seria função de um sistema, o sistema percepção-consciência (Pcs-Cs).
Do ponto de vista tópico, o sistema percepção-consciência está situado na periferia do aparelho psíquico, recebendo ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e as provenientes do interior, isto é, as sensações que se inscrevem na série desprazer-prazer e as revivescências mnésicas. Muitas vezes Freud liga a função percepção-consciência ao sistema pré-consciente (Pcs-Cs).
Do ponto de vista funcional, o sistema percepção-consciência opõe-se aos sistemas de traços mnésicos que são o inconsciente e o pré-consciente: nele não se inscreve qualquer traço durável das excitações. Do ponto de vista econômico, caracteriza-se pelo fato de dispor de uma energia livremente móvel, suscetível do sobre-investir este ou aquele elemento (mecanismo da atenção).
A consciência desempenha um papel importante na dinâmica do conflito (evitação consciente do desagradável, regulação mais discriminadora do princípio de prazer) e do tratamento (função e limite da tomada de consciência), mas não pode ser definida como um dos pólos em jogo no conflito defensivo.

4.2- HISTÓRICO.
Uma vez recusada a identificação do psiquismo com o consciente, restava a Freud investigar em que condições precisas o psiquismo vem a adquirir essa propriedade de ser consciente. A questão podia ser formulada então em dois terrenos. Seja um terreno reflexivo, numa determinação conceitual mais ou menos tributária da tradição; seja a partir do saber acumulado pela psicanálise. O primeiro desses pontos de vista é demonstrado na época da correspondência com Fliess, quando Freud recorre a Lipps. De fato, no tempo do “Projeto para uma psicologia científica”, Freud se distanciará de Lipps na medida em que falará de deslocamentos de energia psíquica ao longo de certas vias associativas e da persistência de traços quase indeléveis.
Considerando o consciente, pré-consciente e inconsciente, cuja significação não é mais puramente descritiva, vamos admitir que o pré-consciente está mais próximo do consciente que o inconsciente e, o latente ao pré-consciente.
Do primeiro ponto de vista, “a consciência constitui a camada superficial do aparelho psíquico”. Em outras palavras, escreve Freud em “O eu e o isso”, “vemos na consciência uma função que atribuímos a um sistema que, do ponto de vista espacial, é o mais próximo do mundo externo. Essa proximidade espacial deve ser entendida não apenas no sentido funcional, mas também no sentido anatômico. Assim também nossas pesquisas devem, por sua vez, tomar como ponto de partida essas superfícies que correspondem às percepções”.
A própria análise do “tornar-se consciente” tira partido dessa referência à percepção: “Eu já havia formulado em outro lugar a opinião de que a diferença real entre uma representação inconsciente e uma representação pré-consciente (idéia) consistiria em que a primeira se refere a materiais que permanecem desconhecidos, ao passo que a última (a pré-consciente) estaria associada a uma representação verbal. Esta será a primeira tentativa de caracterizar o inconsciente e o pré-consciente sem recorrer às suas relações com a consciência”.

5- BIBLIOGRAFIA.

FREUD, SIGMUND Obras Psicológicas Completas versão 2.0


ROUDINESCO, ELISABETH - Dicionário de Psicanálise, Jorge Zahar Editor, RJ-1997.

LAPLANCHE E PONTALIS – Vocabulário da Psicanálise, Martins Fontes, SP-2000.

KAUFMANN, PIERRE – Primeiro Grande Dicionário Lacaniano, Jorge Zahar Editor, RJ-1996.

ZIMERMAN, DAVID E. – Fundamentos Psicanalíticos, Artmed, RS-1999.

CHEMAMA, ROLAND - Dicionário de Psicanálise Larousse, Artes Médicas, RS-1995.

NICOLA ABBAGNANO, Dicionário de Filosofia – Martins Fontes, SP-2000

HANNS, LUIZ – Dicionário Comentado do Alemão de Freud, Imago, RJ-1996.

FENICHEL, OTTO, Teoria Psicanalítica das Neuroses, Atheneu, SP-2000

Subconsciente, inconsciente, ego, superego e id

Subconsciente, inconsciente, ego, superego e id: 
gostaria de saber a definição e como funcionam em nossas mentes, ou como se manifestam em nossos comportamentos?

    Melhor resposta escolhida por votação no Yahoo:

    Subconsciente: está abaixo do nivel de consiencia. Coisas das quais os individuo nao tem noçao que residam em sua psique.



    Inconsciente: é um ressurgimento do primário de épocas passadas do ser. Significa estancamento, regresso a um processo psíquico anterior. É o ato psíquico não deliberado proveniente da nossa anterior experiência orgânica, vital

    Ego ("eu" em latim): Possibilita a interaçao consciente com o mundo exterior. Media as exigencias feitas pelo superego e Id. O Ego se manifesta atraves da memoria, sentimentos, pensamentos, ou seja, monta a pesonalidade da pessoa

    Superego: São as percepçoes das normas e valores sociais e moral que nos foram transmitidos quando crianças. São nossos conceitos do certo e errado. Ele nos controla e nos pune (através de sentimentos de culpa, p ex.) quando fazemos algo errado, e também nos recompensa ( satisfação, orgulho) quando fazemos algo que consideramos plausivel.

    Id ("isso", em latim): São instintos q impulsionam o organismo. Se relaciona as vontades não civilizadas, imorais. É regido pelo princípio do deleite. Sempre busca o prazer e nao tolera a dor. 

    O Superego sempre tenta reprimir os impulsos do Id por serem imcompativeis com os dele...
    p ex: Se vc quiser se banhar nu numa fonte publica, será a manifestaçao do seu Id, ja o superego lhe dirá q isso é imoral lhe causando vergonha, ansiedade, medo de ser preso...é ai q entra o Ego, para mediar o conflito, ele te aconselhará entao a entrar na fonte, mas de bermuda, e nao totalmente exposto.    
    Fonte : Yahoo respostas
Outra definição do site Leitura Diária:

Ego, ID e Super-Ego…

Achei deveras interessante este assunto e resolví dar uma pesquisada melhor e mostrar para vocês…
Essa é uma Teoria defendida por Sigmund Freud, um dos pais da psicanálise.
É inconsciente, é a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao id, impedindo-o de satisfazer plenamente os seus instintos e desejos. É a repressão, particularmente, a repressão sexual. Manifesta-se à consciência indiretamente, sob forma da moral, como um conjunto de interdições e deveres, e por meio da educação, pela produção do “eu ideal”, isto é, da pessoa moral, boa e virtuosa.
Ego ou Eu é o centro da consciência, é a soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo, a qual, modificada e tornada consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do indivíduo. Obedece ao princípio da realidade, ou seja, à necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao id sem transgredir as exigências do superego. Quando o ego se submete ao id, torna-se imoral e destrutivo; ao se submeter ao superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter ao mundo, será destruído por ele. Para Jung, o Ego é um complexo; o “complexo do ego”. Diz ele, sobre o Ego: “É um dado complexo formado primeiramente por uma percepção geral de nosso corpo e existência e, a seguir, pelos registros de nossa memória. Todos temos uma certa idéia de já termos existido, quer dizer, de nossa vida em épocas passadas; todos acumulamos uma longa série de recordações. Esses dois fatores são os principais componentes do ego, que nos possibilitam considerá-lo como um complexo de fatos psíquicos.”
O Ego em sua função básica à natureza humana é a consciência da sobrevivência, é o limite da consciência entre o instinto de doar-se a uma causa ou a uma verdade rígida (Superego)e o da própria sobrevivência humana como indivíduo. É importante salientar que a função do EGO é ignorada e portanto este tantas vezes é utilizado de forma exacerbada, errônea e inconsequente, mas que é acima de tudo uma função na composição mental do indivíduo.
O id (isso) é o termo usado para designar uma das três instâncias apresentada na segunda tópica das obras de Freud. Possui equivalência topográfica com o inconsciente da primeira tópica embora, no decorrer da obra de Freud, os dois conceitos: id e inconsciente apresentem sentidos diferenciados.
Constitui o reservatório da energia psíquica, onde se “localizam” as pulsões. Faz parte do aparelho psíquico da psicanálise freudiana de que ainda fazem parte o ego (eu) e o superego (Supereu).
As primeiras traduções das obras de Freud no Brasil privilegiaram a utilização do termo do Latim como Id, embora traduções mais recentes tenham utilizado isso por acreditarem ser mais fiel ao original .
Formado por instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes e regido pelo princípio do prazer, que exige satisfação imediata. É a energia dos instintos e dos desejos em busca da realização desse princípio do prazer. É a libido.
O id a princípio responde as necessidades do indivíduo ao nascer, ou seja, ao nascer o indivíduo está voltado para as suas necessidades básicas.
Fonte Leitura Diária

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...