sexta-feira, 11 de março de 2011

PREVENÇÃO DE RECAIDA (REINCIDENTE)

Monografia sobre Drogas e prevenção escrita por Adaylton de Almeida Conceição e publicada no site monografias.com . Escolhemos o tópico que aborda a Prevenção de Recaida. Adiantamos que o trabalho do citado autor é extenso e merece ser lido na íntegra. O trecho reproduzido abaixo deve ser compreendido como um todo, vale alertar os leitores. 

PREVENÇÃO DE RECAIDA (REINCIDENTE)
"Depois que um dependente de drogas conseguiu manter-se abstêmio entre um e três meses, constata que o intento de superação da adição é um processo longo e complexo, onde logo surgirão as primeiras crises. O desenvolvimento de seus próprios recursos pessoais (intervenção individual), a pressão social da família (intervenção familiar) e o grupo de dependentes de drogas (intervenção grupal) lhe permitem, em grande parte, poder confrontar e resolver as primeiras crises, porem, desafortunadamente, muitos pacientes adictos não superarão estas primeiras crises e voltarão, oura vez, a "pendurar-se" nas drogas.
Recaída ou reincidência se define como qualquer retorno ao comportamento aditivo ou ao estilo de vida anterior, depois de um período inicial de abstinência e de mudanças de estilo de vida (no mínimo entre um e três meses). Litman e outros especialistas no tema, sugere que a recaída pode ser considerada de cinco maneiras diferentes:
    1. Como um evento discreto que se inicia com a volta ao consumo de drogas.
    2. Como um processo que de forma insidiosa conduz novamente ao consumo;
    3. Como o retorno ao consumo de drogas com a mesma intensidade;
    4. Como o uso diário durante um número especifico de dias;
    5. Como uma conseqüência do uso de substancias.
Talvez a definição mais operativa do que é uma recaída é a que nos
propõe Chiauzi: " Recaída é o restabelecimento de uma conduta aditiva, pensamentos e sentimentos depois de um período de abstinência". Este período de abstinência pode variar consideravelmente... a recaída implica na interação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. A contribuição especifica de cada um destes fatores num individuo certamente dependerá de sua historia de aprendizagem, seu funcionamento físico, sua predisposição psicológica e seu ambiente.

A recaída não deve considerar-se, necessariamente, como uma indicação da motivação que se tem, mas como uma falta que pode ser corrigida mediante um exame e mudando os fatores de risco individuais. Um retorno breve à conduta aditiva não deve considerar-se como uma recaída, a não ser que ocorra freqüentemente ou desencadeie num retorno prolongado à pauta de conduta aditiva.
Estes deslizes podem aportar sinais sobre os fatores biológicos, psicológicos e sociais que requerem uma avaliação mais detalhada. Por fim, substituir uma conduta aditiva por outra poderia considerar-se como um sinal potencial de deslize ou recaída.
Assim que, a recaída nas adições pode manifestar-se de diferentes formas: algumas vezes como o retorno ao estilo de vida antiga, outras na forma de consumo de drogas substitutas e/ou atividades de jogos de azar e risco ou sexualidade compulsiva, mesmo que, geralmente, a característica mais importante consiste em voltar a consumir de forma regular a droga característica de abuso. Estas manifestações de recaída podem dar-se de forma independente e/ou conjunta.
Em alguns casos de observa que muda, primeiro, o estilo de vida, e depois se dar inicio ao consumo de drogas; outras vezes, é o consumo esporádico, porem com um estilo de vida diferente ao de adito ou usuário.
De uma forma empírica se tem demonstrado que os estudos de acompanhamento realizados com dependentes de drogas põe de manifesto a elevada taxa de recaídas depois de finalizado o tratamento. Num estudo clássico, especialistas como Hunt, Bernett e Branch descobriram que aproximadamente sessenta por cento (60%) das recaídas em adição a heroína, álcool e tabaco aconteciam dentro dos três primeiros meses de acompanhamento, com uma aceleração negativa nas taxas de recaída até os 6 meses, alcançando uma estabilidade dentro de um ano.
Para estes profissionais, estes dados representam o processo de extinção que tem lugar à medida que a nova aprendizagem começa a decair ao longo do tempo. Ou seja, o tratamento implica na extinção das condutas aditivas aprendidas que voltam a ressurgir durante o acompanhamento."



    Adaylton de Almeida Conceição, nasceu no Estado da Bahia, realizou estudos militares na Marinha do Brasil, e no Rio de Janeiro realizou estudos de Psicologia e Filosofia, estudou teologia na Faculdade da SOCE no Rio de Janeiro, onde se graduou como Bacharel em 1975, em 1977 fez curso de Mestrado pelo Instituto Latino-americano de Buenos Aires, Argentina. Também possui formação acadêmica nas áreas de Psicanálise Clínica com especialização em Sexologia; Ciências Políticas e Estratégicas; realizou vários cursos na Escola Superior de Guerra, e ADESG. Possui formação em Prevenção de Drogas pelo DEA (Drug Enforcment Administration - Departamento de Drogas dos Estados Unidos da América).
    Exerceu o magistério em varias instituições no Rio de Janeiro e na Republica Argentina, onde foi Professor e Diretor do Instituto Rosário e do STEM.
    Publicou vários títulos, entre os quais: "Introdução ao Estudo da Exegese" (Editora CPAD), Introdução à Escatologia, Introdução à Sociologia, Introdução à Psicologia, Homilética, Introdução à Ética, Estudos de Sexologia I e II, (Ediciones Manantial-Buenos Aires).
    Exerceu atividades como Psicanalista na Clinica São José de Resende, Clinica Vanessa-Michele, e Terapeuta Familiar e Sexólogo na Clinica Pavlov do Rio de Janeiro.
    Participou de varias Comissões na CICAD - OEA (Comissão Interamericana de Combate ao Abuso de Drogas).
    Tem viajado por vários países participando de congressos e conferencias.
    Foi Presidente do Organizing Board da World Chamber for Human Development para a America Latina. Foi representante da Câmara Mundial para o Desenvolvimento Humano na Argentina e no Uruguai; Conselheiro e Assessor Geral da UNOY-Argentina ( UNITED NATIONS OF YOUTH - Nações Unidas para a Juventude), e Secretario de Assuntos Internacionais para o Mercosul na Câmara de Micro-Empresários. É o Diretor do Serviço Internacional de Prevenção contra Drogas da WCHD. Como jornalista, dirigiu o Programa jornalístico de Televisão "DIALOGO", pela Rede Multicanal de Argentina, para toda América Latina, e foi Debatedor do programa "Os Correspondes", pelo Canal Satelital CVSAT de CABLEVISION.



Crédito de MONOGRAFIAS.COM 

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