domingo, 6 de março de 2011

SÓ O AMOR SALVA, relato de um recaído II



Devido à repercussão do post "Só o amor salva, relato de um Racaído", decidimos resumir o depoimento do mesmo, colocando algum comentário nosso:


..."me perdi em algum momento da minha vida e não faz muito tempo. Sou, antes de tudo, um depressivo crônico." 


"submetido a uma crise conjugal em que a esposa foi embora, para o interior, e me deixou só, fiquei abalado"... "Em meio a essa crise conjugal (...) só e esquecido, fui tomado por uma perturbação mental; deprimido, desarrumado, desnorteado, sem ter com quem conversar, me veio um instinto destrutivo tomar conta dos meus pensamentos.


... "ocorreu-me experimentar a drogra  (o crack) ...em um momento de abandono e solidão, ... iniciei a negação de tudo quanto fui...havia, psicológicamente, uma fraqueza mental e espiritual em todo este processo que me conduziu ao crack. "


(a esposa que o abandonou volta ao lar sem que se conheça o lapso de tempo do abandono. Ela fica sabendo que o mesmo estava usando crack e se inicia uma nova crise):


"A mulher voltou e, ao ficar sabendo, deu para me investigar e iniciou um outro processo de crise. "


"Meu processo de dependência dela, transferiu-se para a droga. Dependente" (do amor pela esposa), "acabei por criar a co-dependente" (em função do uso do crack)


"...dai, nasceu um tipo de relação...onde a co-dependente, em meu quadro, não tinha sossego." (o depoente reconhece que tirou o sossego da conjuge sem fazer referência ao tempo que durou tal situação, antes do internamento)

"Iniciou-se uma fase horrivel e, a cada briga no lar, era lançado, cada vez mais, aos antros de proliferação de uso e venda." 


"Minha vontade não era mais a minha vontade. Havia dentro de mim um desgosto que se aprofundou." 


"O que mais se deseja nestas horas não é briga, mas carinho, amor e atenção. Inferno por inferno, o sujeito vai para as ruas."


(no relato o depoente informa que se internou para tratamento, mas seus co-dependentes, não buscaram ajuda especializada)


"...meus co-dependentes, não se cuidaram pois nunca se renderam a evidência de que portam uma doença que eles contrairam face a minha dependência" ( da droga)


"Por mais que um co-dependente, que não se cuida, ache que está bem com o seu dependente, ele não vai proceder de maneira adequada."  


"Quando ocorre a recaída a relação entre o dependente e o co-dependente mescla inúmeros sentimentos negativos com bem poucos sentimentos benignos. Daí em diante a relação torna-se de mal a pior. Vem a deteriorização. Ocorre o afastamento, cria-se um isolamento e o dependente passa a ouvir agressões de toda sorte e ninguém se põe no lugar do outro. Novamente abandono, indiferença, isolamento e solidão, além da repressão injustificada."


(o depoente aponta o amor como caminha para sua recuperação enquanto tem duvida quanto a existência de amor antes de tudo ocorrer )


"Em meu caso específico, creio, que no fundo a cura está no amor. Mas, comigo esse amor não mais existe se é que um dia existiu."


(queixa-se da intromissão de terceiros e da desinformação dos co-dependentes)


"não sendo bastante a falta de informação dos co-dependentes, ainda há o envolvimento de aderentes e de terceiras pessoas que passam a servir de conselheiros"


"Não sou uma equação matemática, não sou exato, sou humano." 


(ao recair agrava sua situação)


"Não pretendo recair, mas recaio e, com isto, elevo o grau de ódio e raiva que nutre muitos corações, seja no lar, seja na rua;"


Eis, então, o resumo do que foi escrito sobre como se deu a iniciação do depoente como usuário de crack. A dependência sentimental o desorganizou, o instinto mortal aflorou, enquanto o abandono, só o fez  buscar, na verdade, a própria destruição. Ressaltamos que o mesmo não era usuário de drogas, antes do processo de crise conjugal.   O que faltou no relato foram outros tantos detalhes de sua vida conjugal e, outros tantos detalhes quanto ao tempo que levou para buscar tratamento, e sobre o lapso de tempo que levou para recair. Contudo, no inicio, o depoente refere-se que tudo aconteceu em curto espaço de tempo : "não faz muito tempo" Foi a expressão que usou no inicio do depoimento. Possivelmente a esposa que o abandonou, para depois voltar e tornar a abandona-lo, é uma pessoa inconstante, instável e sem amor para oferecer aquele que escolheu para desposa-la. "Não faz muito tempo" também sugere um abandono precoce. 

3 comentários :

  1. Quando minha mulher pediu o divórcio, eu não era alcoolátra, mas dei pra beber muita cerveja, vinho e até cachaça da boa. Na conciliação ela não quis aceitar as ponderações do Juíz. Fiquei decepcionado com ela que teve o displante de dizer que o amor dela, por mim, havia chegado ao fim e me esculhambou. Homologado o divorcio, dois dias depois ela estava com outro e, pra infelicidade dela, o cara tornou-se um beberrão. Até mendigos ele quer levar pra casa dela. A casa que era minha e ficou pra ela. Hoje sinto-me vingado e, quando a vejo pergunto como vai o seu bezerro e ela fica com cara de tacho, cheia de raiva. Tá bem coroa e não consegue mais nada. Eu continuo bebendo e estou vivendo, sem amor de filhos e cheio de periguetes pra me distrair. Mas sei que preciso me cuidar, mas não tenho condição de me internar por falta de recursos financeiros. Será que existe algum lugar em que eu possa me tratar sem precisar pagar nada?

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  2. Porra, o camarada trocou o amor pelo crack se é que entendi. Droga por droga ele preferiu o crack. É isso mesmo? Sofrer, hoje em dia, por causa de uma mulher que foi embora, é ruim. Mulher gosta de conforto. É so sair com uma grana pra conquistar uma interesseira gostosa e conviver com ela até nove meses e depois vai arrumando outra e outra mais. Pra o homem a velhice não pesa tanto quanto a da mulher. Ela precisa arrumar um gigolô, eu só preciso dar sustentoaté colocar outra melhor no lugar. Pra esquecer um amor, só outro amor. Se não for por amor, que seja por dinheiro. Esquecer é o melhor remédio. Eu quero lá saber de drogas, uma vigarista bonita me serve. Ela me usa e eu uso ela e assim eu vou levando a vida, debochando. Só o amor com dinheiro salva, é meu lema! podem me chamar de idiota.

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  3. Caso similar a este, com o crack servindo como valvula de escape eu desconhecia, mas, o abandono, de um dos conjuges, seja do sexo masculino, ou do femenino, tem dezenas que conheço, tanto de mulheres que tornaram-se alcoólicas, quanto homens. O amor é um sentimento que, quando acaba repentinamente, causa muito estrago. Lamento o comportamento de uma mulher que abandona o lar, denotando instabilidade e falta de maturidade para solucionar as questões de modo mais amadurecido. Infeliz de quem leva alguém a transformar-se em um ser desgraçado na vida. Sinto muito!

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soporhoje10@gmail.com

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